sábado, 8 de junho de 2013

Sobre a Rede Sustentabilidade, de Marina Silva


(e porque eu não assino a petição para criação do Partido).

Lançada e liderada por Marina Silva, a Rede Sustentabilidade vem alcançando adeptos de todas as regiões do País, especialmente para coleta de assinaturas necessárias à formação de um partido. Sobre a Rede, tenho as seguintes considerações a fazer:


Vejo que seu programa tem como mote a sustentabilidade, em diversas áreas: econômica, política, ambiental, etc., e nisso estou de pleno acordo.


No entanto, não vejo posicionamento com relação a temas que mais gritam atualmente na sociedade brasileira, como o casamento civil igualitário e o aborto, agora com o famigerado projeto de estatuto do nascituro. E isso ocorre porque já temos na Rede grupos intimamente ligados ao fundamentalismo religioso, que saberão muito bem cobrar a fatura de seu apoio, como está acontecendo agora com o Governo Dilma.

Em meio a faixas contra em defesa da “família tradicional”, 
o militante Ivan, de camiseta da Rede, se aproximava das pessoas 
para pedir apoio ao partido. Às 18 horas, ele já tinha coletado 50 assinaturas. 
“É uma pena que não veio mais gente, dava para ter conseguido
 umas mil [assinaturas] aqui”, afirmou Ivan (foto). 
Fonte: Portal Desacato.
Apesar de negado pelo seu futuro novo partido, Marina Silva já disse que apoiava a realização de um plebiscito para que a população decidisse sobre o casamento civil igualitário — o que eu discordo totalmente. O direito de ter direitos não pode, de forma alguma, ser passível de plebiscito, isso é absolutamente inadmissível num Estado que se diz laico. E a coleta de assinaturas por grupos da Rede, numa manifestação de fundamentalistas religiosos que lutam a favor da homofobia (05/06/2013), pra mim foi a última gota.





Por isso, vejo na Rede uma ausência de novidade ou inovação perante a política brasileira, ainda que se esforce muito para vender essa ideia.


Por esses motivos, não assinarei a petição de criação deste partido.

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